O que é ?
A Neurofisiologia é uma sub-especialidade médica que abrange o estudo da fisiologia do sistema nervoso de pessoas em que o seu funcionamento se presume poder estar alterado, com vista ao estabelecimento de um eventual diagnóstico de doença neurológica.
Aqui pode encontrar uma breve descrição dos exames de Neurofisiologia que realizamos.
Para obter mais detalhes sobre cada exame, faça clique sobre a respectiva descrição.
- Electromiografia
Este exame é executado por Médicos neurofisiologistas que após reconhecimento desta subespecialização pela Ordem dos Médicos, podem examinar os doentes.
A electromiografia é um exame difícil e no qual, os valores encontrados durante a execução do exame devem ser interpretados face à situação clínica do doente, pelo qual é importante que o médico que realiza o exame tenha experiência clínica em doenças neuro-musculares.
A electromiografia (EMG) é o exame que identifica as doenças neuro-musculares, dando informação sobre as características funcionais das raízes, plexos nervosos, nervos periféricos, placa neuromuscular e músculo.
O exame consiste na estimulação eléctrica dos nervos periféricos, com estímulos de pequenas intensidade e curta duração, quase sempre bem tolerados por adultos e mesmo crianças. Eléctrodos superficiais são quase sempre utilizados para estimulação e registo das respostas nos músculos ou ao longo dos nervos.
Por vezes é necessário introduzir uma pequena agulha nos músculos, pedindo ao doente uma certa contracção do músculo, para avaliar as suas características eléctricas. Isto é indispensável em algumas situações, mas é quase sempre bem tolerado pelos doentes.
A duração aproximada é de 30 minutos, embora este não seja um dado preciso.
O único risco que existe é o de um pequeno hematoma, transitório.
O exame é efectuado com agulhas descartáveis.
Não requer preparação, mas é importante evitar cremes sobre a pele para facilitar os estudos de condução dos nervos.
O tipo de informação obtida pela electromiografia não é possível obter apartir de outro exame, quer de imagem ou análises. O EMG avalia a função do nervo ou do músculo, ou ainda da transmissão entre ambos, e este estudo da função pode ser apenas efectuado por este exame. - Electroencefalograma
É um exame que serve para detectar qualquer actividade eléctrica do cérebro.
As células do cérebro comunicam entre si produzindo pequenos impulsos eléctricos. Na realização de um EEG colocam-se os eléctrodos no couro cabeludo sobre múltiplas áreas do cérebro para detectar e registar padrões da actividade eléctrica e pesquisar qualquer anomalidade.
São colocados discos metálicos planos em diferentes sítios do couro cabeludo, os quais são fixados com um creme adesivo. Os eléctrodos são ligados por meio de cabos a um amplificador de sinal e a um equipamento de registo.
O equipamento de registo converte os sinais eléctricos numa série de linhas ondeadas, as quais são impressas num papel quadriculado. O utente sujeito a este exame deve permanecer sem se mover e com os olhos fechados, uma vez que o movimento pode alterar os resultados. Por vezes há necessidade de pedir ao utente que realize determinadas acções como respirar profunda e rapidamente por alguns minutos ou olhar para uma luz brilhante e cintilante.
No dia anterior ao exame, o cabelo deve ser lavado de preferência com sabão e não se deve aplicar amaciadores, laca, gel ou qualquer tipo de gordura.
É possível que o médico suspenda algum tipo de medicação, mas o utente nunca deverá mudar ou deixar de tomar algum medicamento por iniciativa própria.
Deve evitar-se o consumo de alimentos que contenham cafeína nas 8 horas que precedem o exame.
O exame não causa nenhum incómodo, apesar da colocação dos eléctrodos na cabeça (que pode causar alguma estranheza) este só registam a actividade e não produzem nenhuma sensação.
Este tipo de exame (EEG) é utilizado para diagnosticar a presença e tipo de crises convulsivas, para pesquisar as causas da confusão e para avaliar as lesões da cabeça, tumores, infecções, deficiências degenerativas e alterações metabólicas que afectam o cérebro. Também é utilizado para avaliar distúrbios do sono e para investigar períodos de perda de conhecimento. Nos hospitais é usado para a confirmação da morte cerebral de um paciente em estado de coma.
Não pode ser utilizado para «Ler a mente», medir a inteligência, nem para diagnosticar um atraso mental.
O procedimento é muito seguro, não havendo grandes riscos. No caso de o paciente sofrer de crises convulsivas, é possível que as luzes cintilantes ou uma hiperventilação provoquem uma convulsão, mas nestes casos o Médico, que assiste sempre o exame, está preparado para lidar com a situação e cuidar do paciente. - Criptotetania
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