Doença do fim do século?
Nas últimas décadas, tem ocorrido um grande aumento na incidência de vários tipos de problemas cardíacos, muitos deles fatais, especialmente os relacionados às coronárias. As artérias coronárias irrigam o miocárdio, alimentando-o e garantindo a eficiência do trabalho cardíaco. Uma redução do fluxo de sangue nessas artérias provoca diferentes graus de lesões do miocárdio, levando com freqüência ao enfarto.
Os problemas
De 1986 a 1991, o largo emprego do wallstent mostrou que uma das complicações mais comuns era a reestenose dos vasos. Com freqüência, ocorriam tromboses que não podiam ser evitadas pela administração de anticoagulantes. Apesar de todos os problemas, o uso de stents em 1997, em algumas instituições, chegou a 80% de todos os procedimentos em angioplastia. Para reduzir a incidência de tromboses, têm sido usados agentes antiplaquetários (ticlopina) e a tradicional aspirina, e não aumentam muito os riscos de hemorragias.
O futuro
Estão sendo continuamente testados inúmeros novos tipos de stents, inclusive feitos de alguns polímeros biodegradáveis e de outros materiais. Além disso, os stents têm sido aplicados com sucesso em alguns canais, como a uretra, quando obstruída por hipertrofia da próstata, e em dutos biliares, obstruídos por fibrose ou tumores. No entanto, o maior uso continua sendo nas coronopatias, que chegam a 500 mil por ano, apenas nos Estados Unidos.
Com as contínuas pesquisas e os avanços conseguidos, as angioplastias com uso de stents poderão se tornar a melhor alternativa para se evitar um grande número de cirurgias do coração, que além de invasivas e custosas, são inviáveis em muitos pacientes.
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